segunda-feira, 9 de junho de 2008

ANCAS - Património Cultural

  • Arquitectura Religiosa:

- Igreja Paroquial:

O edifício encontra-se ao lado da povoação sede, em frente ao largo terreiro.
A Igreja paroquial, de invocação a Nossa Senhora da Assunção foi reformada no final do séc. XVII, mais concretamente em 1689, data que se pode ler na porta da esquerda.
Numa singela pia da entrada principal, está gravada o "ANNO DE 1726".
A igreja é de plano costumado, ombros estreitos, sem retábulos, torre à direita da fachada e sobre ela o baptistério.
A capela-mor é abobadada de berço corrido em tijolo.
A fachada, de cunhais em pilastra, dominados de pináculos em forma de pirâmides sobre pedestais pançados, mostra uma porta rectangular e de breve cornija e ainda uma janela de coro, mas posterior.
A torre de cunhais igualmente apilastrados, é coroada de entablamento, havendo em cada ângulo da cornija uma gárgula estriada, só ornamental. Tem cobertura piramidal e acantonada de pináculos do tipo dos da frontaria e da parede do arco cruzeiro. A porta travessa, à esquerda, segue o modelo da principal.
O retábulo da capela-mor, é de talha de madeira, pertencente à primeira metade do século XVIII e é de medianas dimensões; compõe-se de ampla tribuna, em concha, e de um par de colunas lisas a cada lado, havendo mísulas intermédias. Encostam-se às paredes laterais da igreja dois outros, pequenos, do fim do século XVIII, obras comuns, com nichos entre duas colunas e de ornato concheado.
O púlpito é dotado de singela bacia de pedra da época da reconstrução.
A pia baptismal é igualmente simples, do Séc. XVII.
Possui uma escultura de calcário, da Virgem com o menino, de fino pragueado e de certa categoria, pertence à primeira metade do século XV.
A imagem de S. Brás vestido de Bispo, gótico do início do séc. XVI, é corrente.Também há obras comuns e de pedra são as de Santo Amaro e Santa Luzia, ambas do séc. XVI.



(Igreja Ancas - foto 2005)

(escultura de calcário, da Virgem com o menino séc. XV, pertencente à capela de Ancas)



  • Arquitectura Administrativa:

- Cruzeiros:

Há dois cruzeiros em Ancas, com datas quase invisíveis, mas que apontam para o ano de 1668. Existe um no adro e outro na rua do cruzeiro, na saída para a Fogueira.
As colunas são do tipo dórico, cruz singela, base de alçado pentagonal, notando-se naturalmente, reformas ao traçado original.

(cruzeiro da rua do cruzeiro)


(cruzeiro do largo da igreja)

  • LOCAIS A VISITAR:
Como património e locais de interesse turístico merecem uma visita a Igreja Matriz, o Cruzeiro no largo da Igreja, o Cruzeiro no lugar de Cruzeiro, a Lagoa do Paúl e a Quinta do Convivial.




(Fotos 2005 - Lagoa do Paúl)


(Quinta do Convivial - Largo da Igreja)



- Cultura:
Possui um club e Junta de freguesia.
Nos finais da Monarquia, 1904, é criado o Club D’Ancas, no dia 8 de Dezembro, sendo hoje a mais antiga associação cultural do concelho.



(Fotos 2005)


- Educação:


Uma Escola Primária e um Jardim de Infância são os estabelecimentos de ensino existentes.

(EB 1 de Ancas)

- Saúde:

Esta Freguesia tem uma Farmácia e uma Unidade de Saúde. O Hospital de Anadia é a solução para os casos de maior gravidade.

(Posto Médico)

- Desporto:

Esta vertente está ao cuidado de várias entidades. São elas: o Desportivo de Ancas fundado em 1946, o Clube de Ancas e o Clube de Caça, Pesca, Campismo e Caravanismo de Ancas.


(Clube Desportivo )


(Clube de Caça, Pesca, Campismo e Caravanismo)

- Gastronomia:

Chanfana, Leitão assado acompanhado sempre pelo bom vinho da região;



- Festividades:

Ancas tem, como padroeira Nossa Senhora da Assunção realizando uma festa em sua honra no dia 15 de Agosto. No dia 11 de Novembro realiza-se a festa de S. Martinho; a de S. Geraldo é festejada cinquenta dias após a Páscoa e a de Nossa Senhora de Vagos na última sexta-feira de Agosto.

(Romaria de Nossa Senhora de Vagos em Ancas)



- Antigas fontes da freguesia de Ancas:



Fonte no Largo do Comércio - construída por volta do ano 1920:


Uma das antigas fontes existentes na freguesia foi construída por volta do ano 1920, ano em que foi feito o projecto do abastecimento de água à freguesia com vários fontanários, abastecidos de água de uma mina, existente em propriedades privadas e que abastecia várias fontes. Essas fontes foram, em tempos, locais públicos em que a população se reunia, uns porque se iam abastecer às fontes e os mais jovens iam para ali para poderem ver e apreciar as meninas que também ali iam e se juntavam.
Era também ali que os animais dos transportes e dos lavradores bebiam a água excedente que corria para umas pias de pedra.
A mina entretanto ruiu, a água começou a escassear e ficou imprópria para consumo, devido à utilização dos adubos e pesticidas.
As Canalizações, que levavam água até às fontes, ficaram deterioradas e as fontes foram ficando inactivas.
Essas fontes são um ex-libris da nossa freguesia


(Vista lateral da fonte )



(Vista frontal da fonte )



Fonte do Mouchão – 1960



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